Reforma Tributária ou Reengenharia Tributária
Na década de 90, os americanos
Michael Hammer e James Champy criaram a estratégia de gestão denominada de “Reengenharia”.
O princípio básico desta estratégia é reinventar - e não
evoluir - desenhar um modelo perfeito e implantá-lo.
Tem alguma semelhança com as PECs que estão hoje no Congresso?
Os defensores das propostas que se encontram em discussão irão
dizer que não se trata de Reengenharia, pois, estão sendo previstos entre 5 e
10 anos de convivência entre as duas formas de tributação, a atual e a nova.
Esse assunto dos 10 anos tratei em outro artigo “Reforma
Tributária – morar 10 anos com os pedreiros?”
Para muitos estudiosos, o grande erro do modelo da
Reengenharia é o seu paradigma de uma reestruturação drástica, o que cria altos
custos, grandes barreiras culturais e comportamentais nas pessoas.
Alguém já apresentou quanto custará para o Governo e para as
empresas, criarem um novo sistema de controle e ficarem com dois sistemas paralelamente?
Não precisamos ir longe na história, quanto foi investido no
sistema eSocial(*) nos últimos 10 anos? Com a mudança do Presidente e sua
equipe econômica, parte do projeto foi deixado de lado, sem entrar no mérito de
que foi certa ou não essa atitude.
E sobre a cultura de convivência entre o empresariado e o
estado brasileiro, que está mais para gato e rato, do que cooperação, terá que mudar
como um passe de mágica.
Mesmo entre os entes da federação, existe desconfiança dos
repasses pretendidos de um tributo único.
O Brasil não pode ficar mais anos aguardando a implantação do
modelo perfeito para o seu sistema tributário, tem que ser feitas melhorias pontuais,
objetivas e rápidas para evoluirmos e aumentar nossa competitividade
internacional.
*Jorge Segeti*
CEO – Segeti
Consultoria
Vice Presidente da
AESCON/SP
Diretor Técnico da
CEBRASSE
(*) https://portal.esocial.gov.br/institucional/conheca-o
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